Transformações internas

Transformações internas

Cada dia gosto mais dessa Ana que tenho me tornado. Não que seja fácil ser ela, acho que muita gente estranha ou tem me achado chata, porque argumento contra tudo e quando eu não tenho vontade de algo, simplesmente não o faço. Talvez porque saí do modo automático e tenho me questionado muito.

Hoje já faço coisas porque eu quero e não porque os outros esperam que eu faça. Continuo silenciando. Eu é que sei o quanto tenho refletido nos últimos tempos. Sinto falta das conversas bobas com minhas amigas, hoje sempre entramos em algo mais profundo, estamos nos expondo mais. O que também é legal, já que eu vejo que todos temos nossas limitações.

Tenho tido dificuldade de escrever aqui, acho que a razão é porque estou mais equilibrada e não tão vulnerável emocionalmente. Por isso, quando escrevo não acho os textos tão bons e acabo desistindo. Também sei que a escrita deve ser praticada e então tento escrever pelo menos 1x por semana.

Hoje acordei um pouco triste e o dia coincidentemente estava chuvoso, o céu chorava. E tudo bem. Mesmo triste, todos os dias acho pequenas felicidades no aqui e agora: coloquei música no carro, cantei e dancei como se ninguém estivesse me vendo. Ah, o vizinho do carro ao lado me viu mas não me importei. Inclusive torci que ele achasse graça de mim para que aliviasse o estresse do trânsito parado.

A cada dia que passa, uma vontade louca de viajar aumenta em mim. Nenhum lugar específico, só quero o NOVO. Se uns meses atrás essa viagem seria uma fuga, hoje é encontro. Eu amo viajar, amo explorar, amo ver o mundo e suas diversas variações. Viajar é amor. E a cada dia a Ana de hoje se torna mais próxima da Ana que pega o avião sozinha, chega num país novo com frio na barriga, que é livre e feliz. Sim, antes eu tinha impressão que eram duas pessoas diferentes em uma luta para achar o equilíbrio que parecia impossível. Hoje eu sei que é possível e ele acontece aqui e agora, numa escolha diária de transformar um dia de chuva, triste e com trânsito caótico em uma sessão de karaokê no carro.

Ainda assim, estou com saudades do friozinho na barriga da decolagem do avião pro desconhecido. Espero estar perto de sentir isso de novo.

Com amor, Ana. ✨

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